PARA QUÊ POESIA?

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Anúncios de Neón



Nunca seremos um só!
Por mais que nos abracemos,
por muito que desejamos,
apesar de tudo que fomos,
hoje somos apenas dois

.
solitários seres de nós mesmos
a caminhar a sós,
nos lugares em que passamos
e onde deixamos ficar
um pouco de nós.
.
Vestígios a nos lembrar,
entre imagens esquecidas
feito formas distorcidas
a exibir nossas feridas,
numa feira de exposições.
.
Nas vitrines embaçadas
da cidade adormecida,
entre sujas calçadas
ou luminosas fachadas,
dos anúncios de Néon.
.
Entre muros (de) marcados
e o asfalto molhado
da Avenida Central.
Como sombras na cidade,
anônima identidade
de um espetáculo inesquecível
do teatro Municipal.

Nenhum comentário: