PARA QUÊ POESIA?

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Varal Diverso



Pudesse eu descrever
nas tardes mornas de outono,
por entre as sombras miúdas
destas folhagens sem flor,

cada rosto entristecido
de todo gesto vivido
que nas praças esquecidas
descansam de seu labor,

então descreveria
como um varal diverso,
em diferente poesia
desfiada em cada verso
no anverso de cada dor.

o que decerto mudaria,
a alegria ausente
da rotina cotidiana,
triste paisagem urbana,
periferia sem cor.


Maria Inês

Nenhum comentário: