PARA QUÊ POESIA?

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Anúncios de Neon




Nunca seremos um só!
Por mais que nos abracemos,
por muito que desejamos,
apesar de tudo que fomos,

sabemos hoje
que somossempre seremos dois
solitários seres de nós mesmos
a caminhar sós,
nos lugares em que passamos
e onde deixamos ficar
um pouco de nós.

Vestígios a nos lembrar
das imagens esquecidas
feito formas distorcidas
a exibir nossas feridas,
numa feira de exposições.

Nas vitrines embaçadas
da cidade adormecida,
entre sujas calçadas
e luminosas fachadas
dos anúncios de Neon.

Entre muros (de) marcados
e o asfalto molhado
da Avenida Central.

Como sombras na cidade,
anônima identidade
de um espetáculo inesquecível
do teatro Municipal.



5 comentários:

Adaljiza Cuan disse...

Ola minha amiga amo seu trabalho sao divinos parabens

Maria Inês Carpi disse...

Obrigada, amiga!

Abraços

Rezinha disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rezinha disse...

A poesia ficou linda, com um certo ar melancólico. Encaixou perfeitamente com a foto e com a própria São Paulo.

Adorei!
Beijos.

Maria Inês Carpi disse...

Obrigada! Continue escrevendo. Bjus