Cotidiano
Da janela do apartamento
do décimo terceiro andar
quando a primeira estrela
brilha no entardecer,
eu quase já posso ver
os rastros de luz e cor,
por entre as casas miúdas
de um aglomerado humano,
onde a fumaça acinzentada
do céu da minha cidade
deixou transparecer.
Enquanto o vento agita
as roupas brancas de um varal,
toda esta gente aflita
rotinizada pelo cotidiano
tem sua alegria arrastada
para muito mais além
deste triste cenário urbano.
Pobre gente oprimida
dependente de ninguém!
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