PARA QUÊ POESIA?

sábado, 9 de junho de 2012

Cotidiano

094[1]

Cotidiano

Da janela do apartamento

do décimo terceiro andar

quando a primeira estrela

brilha no entardecer,

eu quase já posso ver

os rastros de luz e cor,

por entre as casas miúdas

de um aglomerado humano,

onde a fumaça acinzentada

do céu da minha cidade

deixou transparecer.

Enquanto o vento agita

as roupas brancas de um varal,

toda esta gente aflita

rotinizada pelo cotidiano

tem sua alegria arrastada

para muito mais além

deste triste cenário urbano.

Pobre gente oprimida

dependente de ninguém!

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