PARA QUÊ POESIA?

terça-feira, 5 de junho de 2012

Existência











Se a minha existência fora


como a primavera em flor,


eu, por certo, comporia


a mais bela canção de amor






e, assim como os pássaros


que às nuvens do céu enviam


a alegria que desfiam


de seu cantar encantador






eu também enviaria


aos amantes, com ternura,


uma bem alegre poesia.






Mas só o que tenho na alma


é esta minha desventura


e é só o que posso compor.













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