Fiz um poema sem rima, sem encanto.
Deixei num canto, ao pó da estrada virgem.
Em meu protesto cantei a vida.
Mas minha angústia em prosa e verso
colada no anverso do tempo
foi censurada, calada, esquecida.
Então, gritei bem alto aos edifícios.
De meu protesto nasceu a morte
e eu morri, no asfalto da avenida.
Maria Inês Carpi, do livro Varal de Versos Diversos/1994
Postado por Maria Inês às 19:11 0 comentários Links para esta postagem
Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut
Reações:
Nenhum comentário:
Postar um comentário