PARA QUÊ POESIA?

domingo, 10 de junho de 2012

Poema sem Rima


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Fiz um poema sem rima, sem encanto.
Deixei num canto, ao pó da estrada virgem.
Em meu protesto cantei a vida.

Mas minha angústia em prosa e verso
colada no anverso do tempo
foi censurada, calada, esquecida.

Então, gritei bem alto aos edifícios.
De meu protesto nasceu a morte
e eu morri, no asfalto da avenida.

Maria Inês Carpi, do livro Varal de Versos Diversos/1994

Postado por Maria Inês às 19:11 0 comentários Links para esta postagem
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