Espelhos partidos,
amores idos,
lembranças do que não foi.
Os estilhaços ainda,
sob os nossos pés feridos
fazendo lembrar
que é preciso seguir
apesar da dor.
Postado por Maria Inês às 23:12
Espelhos partidos,
amores idos,
lembranças do que não foi.
Os estilhaços ainda,
sob os nossos pés feridos
fazendo lembrar
que é preciso seguir
apesar da dor.
Postado por Maria Inês às 23:12
Existirá um ser ainda humano,
nesta guerra cotidiana,
ainda assim, talvez
por isso mesmo, humana?
No silêncio prolongado,
nas palavras engasgadas,
no repúdio calado
da violência civil,
ou no suicídio lento
dos bastidores esquecidos,
numa guerra diferente
onde só restam vencidos,
e os seres (apenas seres)
estranhados em si mesmos
deixam traços embrutecidos
registrados em cada muro
da paisagem urbana,
onde a razão humana
aos poucos, se perdeu?
Maria Inês/1993